Capítulo 74: Cinema, Romance e um Beijo

Capítulo 74: Cinema, Romance e um Beijo

O domingo chegou com o céu limpo e o ar leve de fim de semana.
Desde cedo, Camila sentia o coração acelerado.
Era o terceiro encontro com Rafael — e algo dentro dela dizia que aquele dia seria especial.

 

Capítulo 74: Cinema, Romance e um Beijo

Passou a manhã se arrumando com calma, quase em um ritual.
Escolheu um vestido preto simples, elegante e fluido, que realçava sua feminilidade com naturalidade.
Nos pés, sandálias de salto alto pretas.
Antes de sair, olhou-se no espelho e sorriu: via ali uma mulher confiante, viva e apaixonada.

Rafael chegou com seu carro pontualmente para buscá-la, como prometido.
Estava de jeans escuro e camiseta azul, o olhar sereno, mas com aquele mesmo brilho que sempre fazia Camila sorrir.

— Você está linda — disse ele, assim que ela apareceu na porta.
Camila sentiu o rosto aquecer.
— Obrigada… você também está ótimo.

O trajeto até o cinema foi cheio de pequenas risadas, olhares cúmplices e toques sutis.
A conversa fluía leve, como se já se conhecessem há muito tempo.
Quando chegaram, escolheram o filme juntos — um romance com bastante paixão e cenas quentes, o tipo que faz o coração acelerar e o corpo aquecer ao mesmo tempo.

Sentaram-se lado a lado, e conforme as luzes da sala se apagaram, Rafael passou o braço por trás dos ombros de Camila.
Ela se aconchegou de leve, sentindo o calor do corpo dele e o som suave de sua respiração.

Durante o filme, os dois ficaram abraçados — sem pressa, sem palavra — apenas dividindo o silêncio e o encanto daquele instante.
De vez em quando, seus olhares se cruzavam por um segundo mais do que o habitual, e nesses pequenos gestos, havia algo que dispensava qualquer fala.
Rafael fazia leves carícias no pescoço de Camila  — que sentia seu corpo todo arrepiar  — enquanto ela retribua as carícias na coxa dele. 

Quando o filme terminou, saíram suspirando, comentando as cenas mais inspiradoras e os momentos mais intensos.
Rafael, com o semblante leve, sugeriu:
— Que tal jantarmos? Ainda é cedo.

Camila aceitou de imediato.
Foram para um restaurante próximo, pequeno e acolhedor, iluminado por luzes amareladas que deixavam o ambiente quase mágico.
Conversaram por horas — sobre infância, sonhos, medos e planos.
Camila contou sobre sua trajetória, suas descobertas, o quanto lutou para se aceitar e viver como mulher.
Rafael ouviu com atenção, sem interromper, com os olhos fixos nela.

— Você é incrível, Camila — disse, com sinceridade. — A forma como você fala da sua história me inspira.

Camila sorriu, emocionada.
— Acho que a vida é isso… a gente tropeça, se levanta e segue. E às vezes, alguém aparece pra fazer o caminho parecer mais leve.

— E talvez esse alguém já tenha aparecido — respondeu ele, baixinho.

O silêncio que se seguiu foi doce. Nenhum dos dois precisou dizer mais nada.

Depois do jantar, Rafael a levou de volta para casa.
O trajeto foi tranquilo, com a música suave tocando no carro e as mãos deles se encontrando de vez em quando, naturalmente.

Quando chegaram ao prédio, ele estacionou e a acompanhou até a entrada.
Ficaram alguns segundos se olhando, sem pressa de se despedir.

— Eu adorei o dia — disse Camila, com um sorriso tímido.
— Eu também… — respondeu Rafael. — Cada minuto.

O olhar dele era sereno, mas intenso.
E antes que qualquer um dos dois dissesse mais alguma coisa, ele se aproximou colando seu corpo no corpo de Camila e a envolvendo um abraço carinhoso.
Camila fechou os olhos e sentiu o toque suave dos lábios dele nos seus, suas línguas entrelaçarem em um encaixe perfeito.

Foi um beijo longo, carinhoso e terno, carregado de sentimento e calma — o tipo de beijo que parece marcar o tempo, que faz o coração se aquietar e pulsar ao mesmo tempo.

Quando afastaram o rosto, ficaram em silêncio por um instante, os corpos ainda colados um no outro e ainda com os rostos próximos.

— Boa noite, Rafael — sussurrou Camila.
— Boa noite, Camila. — respondeu ele, sorrindo. — Até logo.

O desejo de Camila era convidar Rafael para subir até seu apartamento mas no momento a timidez e o medo falaram mais alto e não disse mais nada, apenas se despediu.

Ela o viu entrar no carro e partir, com o coração leve e cheio de algo novo — algo que parecia amor.

Rafael dirigiu de volta para casa com um sorriso no rosto, sentindo seu membro ainda enrijecido — As carícias e aquele beijo longo realmente mexeu com ele.

Camila subiu para o apartamento, tirou as sandálias e ficou olhando a cidade pela janela.
O reflexo no vidro mostrava um sorriso doce e sereno  — nesse momento percebeu o quão úmida estava lá embaixo.

Correu para o banho e lá mesmo aliviou toda a tensão acumulada.

Camila sabia: aquele beijo não era o fim do dia — era o começo de uma história. 🌹 

Continua... Aguarde o capítulo 75. 

Confira os capítulos anteriores em: Crônicas Anna Crossdresser

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