Capítulo 37: O Refúgio do Amor

Capítulo 37: O Refúgio do Amor

O escritório havia se transformado em algo mais do que um espaço de trabalho.
Era ali que sonhos eram planejados, ideias ganhavam forma… e onde o amor, silenciosamente, crescia entre papéis, livros e o cheiro constante de café fresco.
 

Crônica Crossdresser - Capítulo 37: O Refúgio do Amor

As tardes pareciam correr mais lentas quando estavam juntas. Às vezes, o barulho da cidade ficava distante, e só existia o som suave das vozes, dos risos e da respiração entre uma pausa e outra.

O sofá, que antes servia apenas para receber clientes, tornara-se um pequeno refúgio.
Ali, entre uma conversa e outra, as palavras acabavam cedendo espaço aos gestos. Toques suaves pelo corpo uma da outra, um olhar demorado, um sorriso que se alongava no ar antes de se transformar em um beijo.

Tudo acontecia com naturalidade, como se o próprio tempo permitisse aquele instante.
Anna, sentada ao lado da amiga, deixava-se envolver por uma sensação de calma e pertencimento. Aquele era o único lugar onde ela não precisava se esconder, onde podia ser quem realmente era — inteira, sensível, mulher.

— Engraçado — disse ela, num tom suave —, esse lugar sempre foi um sonho profissional. Mas agora… parece ser o meu lar.

A amiga sorriu, passando a mão pelos cabelos de Anna com ternura.
— Porque aqui você é livre. E onde há liberdade, há lar.

O beijo que veio depois não foi apressado. Foi doce, calmo, cheio de significado — um beijo de quem se reconhece e se escolhe a cada dia.
Não era apenas paixão, era cumplicidade.

Sentadas no sofá, os dedos entrelaçados e o coração tranquilo, elas conversavam sobre planos, sobre o futuro e sobre o medo de que o mundo lá fora ainda não entendesse o que viviam.
Mas, dentro daquele espaço, havia paz e muito amor envolvido.

O escritório, com suas luzes suaves e cortinas leves, tornou-se o lugar onde duas almas se encontravam sem máscaras.
E naquele fim de tarde, enquanto o sol desenhava sombras douradas no chão, Anna percebeu que não precisava de muito para ser feliz — bastava aquele amor sereno, verdadeiro e seguro.

Foi nesse fim de tarde que o sofá daquele escritório se tornou cúmplice daquele calor amoroso que sentiam uma pela outra. Em meio à trocas de carícias, beijos, as duas chegaram ao ápice de seus prazeres. 

Sentadas naquele sofá como vieram ao mundo, sentiram um amor que, entre risos, abraços e beijos demorados, fazia o tempo parar. Aquele escritório se tornou um refúgio do amor.

Continua... Aguarde o capítulo 38. 

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