Capítulo 32: O Chalé e a Plenitude de ser Mulher
O fim de semana chegou com o céu limpo e o ar fresco do interior. Anna e sua companheira decidiram deixar a rotina para trás e seguir viagem rumo a uma pequena cidade de interior cercado de montanhas e natureza.
A estrada sinuosa parecia levá-las não apenas a outro lugar, mas a um novo capítulo da própria história.
O chalé onde se hospedaram era simples e aconchegante — janelas de madeira, cortinas brancas que dançavam com o vento e um perfume leve de flores silvestres no ar. Assim que entraram, Anna respirou fundo, sentindo a paz daquele espaço.
— Parece que o tempo anda mais devagar aqui — disse ela, sorrindo.
— Talvez porque aqui a gente possa simplesmente existir — respondeu a amiga, pousando a mala no chão e se aproximando dela com um olhar sereno.
Durante o dia, caminharam por trilhas, riram à beira de um lago e tiraram fotos sob o pôr do sol. A natureza parecia abençoar cada gesto, cada toque de cumplicidade. Não havia máscaras, nem receios — apenas duas pessoas inteiras, compartilhando o mesmo instante.
À noite, o chalé foi iluminado apenas pela luz suave da lareira. O crepitar do fogo enchia o ambiente de um calor tranquilo. Sentadas lado a lado no tapete, as duas conversavam sobre o passado, sobre as dores que haviam deixado para trás e sobre a coragem que as unira.
Anna olhou para a amiga com ternura.
— Às vezes penso em tudo o que precisei esconder para poder chegar até aqui. E agora… é como se eu estivesse renascendo.
A amiga sorriu e segurou sua mão.
— Porque agora você está sendo quem sempre foi. E nada é mais bonito do que ver você se permitindo viver isso — de corpo, alma e coração.
O olhar que trocaram em seguida dizia mais do que qualquer palavra. Havia amor, respeito e uma promessa silenciosa: a de cuidar uma da outra.
Entre risos e silêncios, a proximidade foi se tornando natural, inevitável. O toque das mãos, o carinho nos cabelos, o abraço que demorava mais do que o necessário — até que o tempo pareceu se dissolver.
Lá fora, o vento dançava entre as árvores. Dentro do chalé, só havia o calor do fogo e a entrega de duas almas que se encontravam por inteiro.
A amiga finalmente realizou o desejo de fazer Anna se sentir uma verdadeira mulher em sua intimidade fazendo com que ela sentisse uma sensação que jamais havia sentido na vida.
Naquela noite, Anna entendeu o que a amiga quis dizer quando prometeu fazê-la sentir-se uma verdadeira mulher.
Não era apenas sobre aparência, ou sobre gestos — era sobre ser amada por quem ela realmente era.
E naquela entrega silenciosa e sincera, Anna finalmente se viu completa.
Continua... Aguarde o capítulo 33.
Confira os capítulos anteriores em: Crônicas Anna Crossdresser
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