terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Encontros Crossdresser / Transgênero no Estado de SP

Olá pessoal, tudo bem?
Sei que ainda continuo “sumida”, pelo menos na Coluna “Reflexões”, entretanto, espero retornar em breve. Mas antes que isso ocorra, é bom dar uma noção do que tenham acontecidos a partir de julho na noite Paulistana, uma vez que ocorreram acontecimentos que podem nos dar uma perspectiva para nosso lado cross (ou transgênero), em 2013.
Primeiramente, vamos começar pela “procura de locais” onde podemos sair a noite, dessa forma, em companhia de alguma amigas, sendo uma delas da cidade de São Paulo e outra do Rio de Janeiro, fui a uma badalada danceteria na Capital Paulista, a The Week, onde podemos ver uma cena na foto ao lado. Não é um local exatamente cross, mas devido ao publico, é um bom local para que possamos se divertir, com uma boa balada, sem problema. Aliás, até para descansar os pés um pouquinho, há locais para sentar e relaxar um pouco.



Um outro local que estive, que é para algo mais formal, é o Bar Chopp Escuro, na região central da cidade, próximo ao Arouche. Ideal para quem quer conversar, degustar algo, e é claro, beber um chopp bem gelado. Por essas características, pode se tornar um dos pontos de encontro para quem pensa em fazer uma parada e ganhar energias. Particularmente, foi nesse local que encontrei e conheci pessoalmente uma “amiga de Facebook”, que durante um bom tempo eu “conversava” com ela apenas pela internet, a Sayuri Sato CrossDiva, e a partir desse dia, percebi o quanto podemos agregar de amizades. A partir daí, o que para ela estava sendo um sonho distante, começou a ganhar corpo, que era o de haver mais eventos paro o público cross.

Em outubro, acabei conhecendo o que seria um “meio termo”, um bar para um bom petisco e uma bebida, com karaokê (para quem gosta), e ao mesmo tempo, pista de dança, este lugar é o SkBar Arouche (próximo à pç. da Republica). Neste local, além dos funcionários do local, acabei conhecendo o Jaime Brás Tarallo, onde, juntamente com a Sayuri Sato, começaram a conduzir eventos voltados para o público cross, utilizando a estrutura do Skbar. Dentre as vantagens vistas, está a proximidade com estacionamentos, metrô e local para se produzir. Cabe lembrar também que foi onde ocorreu o último evento cross do ano, justamente o aniversário da Sayuri.

Crossdressing Place
Em relação à fontes de informações, após um período de teste, foi divulgado nas redes sociais o Crossdressing Place (http://crossdressingplace.forumbrasil.net), um dos poucos Fóruns para transgêneros do país. O CDPlace não possui conotação sexual, e com o objetivo de ser um local de discussão de idéias além de divulgar algumas informações e notícias que envolvem os Grupos Transgêros (Crossdresser’s, Travestis, Transexuais) e simpatizantes (amigos, companheiros(as), parentes). Uma das características desse fórum, é o de possuir parcerias, tanto com locais (SkBar Arouche), produtos (Perucas Cestari, Beleza Imperial-RJ) e outros links (Blog diariocrossdresser – Anna Crossdresser).

Enfim pessoal, além de Encontros e Eventos, vários outros acontecimentos ocorreram para que, em 2013, seja um ano melhor para nós, e quando vemos essa perspectiva, nos mostra que sempre podemos melhorar...

Beijos... e até a próxima...

*Sttefanne Camp estava como correspondente do “Diário de uma Crossdresser” em São Paulo – Capital.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Quatro dicas para manter a pele bonita

Um livro quer que você visite 1000 lugares antes de morrer. Outro, que faça 101 coisas antes de casar, engravidar ou envelhecer. Outro, ainda, quer que você coma 500 coisas antes de ser tarde demais. Eu só estou pedindo que você faça 4 coisinhas para manter sua pele bonita.
Quatro dicas para manter a pele bonita
Vejam as dicas para manter a pele bonita:

1 – Use filtro solar todo dia, mesmo quando não for verão

Mesmo fora do verão o sol não é bonzinho. Use filtro solar o ano inteiro, ele ainda é a principal defesa contra o envelhecimento da pele. Dia após dia, os raios ultravioleta emitidos pelo sol atingem nossa pele causando manchas, rugas e flacidez. Lógico que durante o verão o cuidado deve ser redobrado. Mas mesmo o pouco sol que se pega em épocas não tão quentes conta negativamente.

Existem protetores solares em diversas apresentações, para todos os gostos e necessidades. Alguns, inclusive, já vêm formulados com ativos antiidade, como os antioxidantes. E, para mulheres, uma dica são os protetores solares com tom de base, ou então bases que incluam filtro solar na formulação.

2 – Lembre-se do pescoço e das mãos

Por que eles são tão desprezados, o que fizeram para você? A partir de agora cuide do seu pescoço e mãos e peça a seu dermatologista que oriente o uso de cremes especiais para essas áreas. Ou então, use o mesmo creme de seu rosto no pescoço e nas mãos (isso vale tanto para cremes de tratamento quanto para filtro solar). Nas mãos, o uso do filtro solar é mais delicado, já que lavamos várias vezes ao dia. Por isso, uma opção é usar luvas com proteção ultravioleta quando for dirigir. Também é bom andar com um filtro solar na bolsa, para reaplicar algumas vezes ao dia.

3 – Capriche no hidratante

Pele ressecada tem maior propensão a rugas, por isso a hidratação é tão importante. Use hidratante facial apropriado ao seu tipo de pele. Quanto à aplicação, o melhor momento é logo depois de lavar o rosto. E para lavar, prefira água morna ou fria e sabonete apropriado para seu tipo de pele.

4 – Não durma de maquiagem

“Ahhh! Tô exausta, não quero tirar a maquiagem!” Eu sei que é chato, mas é importantíssimo. Nessa limpeza, ao final do dia, eliminamos também impurezas, poluição, suor. Então, coragem. Passe no rosto um demaquilante e remova cuidadosamente, com algodão ou com uma toalha. Depois lave o rosto com o sabonete apropriado para sua pele. Aí, aproveitando a pele limpa, passe o hidratante.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Timothy Kurek: Experiência gay

Oi gente, a matéria foi traduzida da ABC News e da CNN. Confira abaixo:

Evangélico passa um ano fingindo ser gay e lança um livro polêmico narrando sua experiência

Parte das vendas do livro será revertida para abrigos que cuidam de jovens gays rejeitados por suas famílias

Timothy Kurek passou um ano inteiro fingindo ser gay para chegar a uma simples conclusão: é preciso uma mudança drástica para alterar profundamente as crenças religiosas arraigadas.

A decisão de fazer essa experiência foi influenciada após uma amiga lésbica compartilhar com Kurek como se sentia após ter sido execrada por sua família por causa de sua sexualidade. Ele disse que ficou tão espantado com a situação de sua amiga que decidiu fazer algo drástico.

Morando na cidade conservadora de Nashville, Tennessee, ele viveu em meio à comunidade gay durante o ano de 2009. No primeiro dia do ano ele “saiu do armário” diante de sua família, conseguiu um emprego em uma cafeteria para gays e contou com a ajuda de um amigo gay que fingia ser seu namorado em público.

A experiência de Kurek, que não incluiu contato íntimo com outros homens, está documentado no seu livro “”The Cross in the Closet” (A Cruz no Armário), que tem recebido atenção internacional. Recentemente, o assunto foi o tema de um especial do programa “The View”, da rede ABC. Claro, gerando muitas críticas por parte de gays e de cristãos.
Timothy Kurek: Experiência gay
Programa de TV contou um pouco da experiência de Tim. Crédito: Reprodução do Yotube/ABC

Para Kurek, viver um ano como gay mudou radicalmente sua visão da fé e da religião. Ele afirma que lhe ensinou “o que significa viver como um cidadão de segunda classe.” Durante anos, Kurek diz que a única coisa que conhecia era “a vida na igreja evangélica”. Essa era a sua identidade.

Ele foi educado em um lar cristão, frequentou a mesma igreja batista a vida toda e estudou na Liberty University, a maior universidade evangélica do mundo. Ele explica que sua visão de mundo o levou a alguns ter pontos de vista profundamente arraigados sobre a homossexualidade. Ele sempre foi contra o casamento gay. Afinal, a maioria das igrejas evangélicas condena a homossexualidade, classificando-a como pecado.
Timothy Kurek: Experiência gay
Autor conseguiu um emprego numa cafeteria gay e conseguiu um amigo para fingir ser seu namorado

“Eu fui ensinado a ser cauteloso com os gays”, escreve Kurek, “afinal, todos eles eram HIV positivos, pervertidos e pedófilos liberais”. Mas isso mudou em 2004, quando ele conheceu o trabalho do Soulforce, grupo que lutava pelos direitos civis de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. O grupo o fez ver como a maioria das pessoas tratava injustamente os membros da comunidade LGBT.

Quando sua amiga lésbica o procurou pedindo ajuda em 2008, após ser repudiada pela família, ele disse que cometeu “uma traição sutil, mas cruel”, pois sua resposta foi o silêncio e a tentativa de tentar convertê-la. Mas depois isso mudou.

“Eu acredito em imersão total”, explica Kurek. “Se você quer realmente entender as outras pessoas, precisa passar pelo que elas passam”. Para garantir o sucesso de seu projeto, Kurek teve de mentir para sua família profundamente religiosa sobre ser gay, algo que o perturbou ao longo daquele ano todo.

“Eu senti que eles ainda me amavam, mas não sabiam como lidar comigo”, diz. “Eles não entendem como deviam lidar com um irmão ou filho gay.”

No livro, Kurek relata sua mãe chegou a dizer que preferia que seu filho tivesse dito que tinha câncer do que saber que ele era gay. Essa experiência e outras deixaram Kurek confuso e em conflito sobre suas crenças em um meio religioso que dizia pregar o amor.

Ao ser exibido na TV, o caso repercutiu mal na comunidade LGBT de Nashville. “Eu creio que a comunidade gay, e cada pessoa que confiou em Kurek suficiente para flertar com ele, sair com ele e confiar nele… sentiu-se traído agora” escreveu Amy Lieberman, responsável pelo blog LGBTS Feministing.

A pastora Connie Waters, que defende a causa LGBT em sua igreja do Memphis disse estar “orgulhosa” de Timothy, que conheceu em um fórum online. Embora nunca incentive os fieis a mentir, entende que no caso do projeto secreto de Kurek, isso serviu a um “objetivo maior”. “A transformação nele foi uma mudança de vida”, disse ela. “É isso que se espera, é o objetivo da caminhada de fé cristã….”.
Timothy Kurek: Experiência gay
Alguns membros da comunidade LGBT se sentiram enganados por Tim. Religiosos, claro, criticaram bastante o “projeto”

Emily Timbol, que possui um blog sobre religião, escreveu no Huffington Post o artigo “Fingir ser gay não é a resposta”, onde declarou uma opinião semelhante: “O mais triste é que cada interação que Timothy Kurek teve durante esse ano foi falsa… Ele foi recebido sob falsos pretextos, agindo como alguém que entendia a luta que seus amigos LGBT enfrentam”, escreveu ela. “Mas ele não entendia”.

Kurek se defende, dizendo que esse não era seu objetivo. “Este não é um livro sobre ser gay. Eu não poderia escrever esse livro, pois não estou qualificado. O objetivo é falar sobre o rótulo de gay e como ter esse rótulo me afetou pessoalmente”.

Ao longo do livro, Kurek enfatiza essa distinção. Embora muito do conteúdo de “The Cross in the Closet” seja sobre a luta para compreender a comunidade gay, a questão principal é como a comunidade da igreja – e sua família – reagiu a seu novo “estilo de vida”.

Depois de tudo que passou, ele diz que não se considera mais amigo de “99,99% das pessoas com quem ele cresceu. Kurek diz que ele não decidiu se afastar das pessoas, mas quando encontrava com os membros de sua antiga igreja, eram apenas conversas cordiais e rápidas. Quando a mãe de Kurek disse a uma amiga da igreja que seu filho era gay, ouviu que a sexualidade de Timothy poderia comprometer a posição dela na igreja. Um ano depois isso mudou. De acordo com Kurek, sua mãe agora defende os direitos da comunidade LGBT.

Hoje Kurek afirma que continua indo à igreja, embora com menor frequência, e ainda se considera um cristão, embora não mais evangélico no sentido tradicional. Ele cita Tiago 1:27, do Novo Testamento, que fala sobre a religião que deseja viver.

Quanto ao seu objetivo original, que era mudar radicalmente de opinião, Kurek diz que venceu seus preconceitos contra a comunidade LGBT e está feliz com a pessoa que se tornou. Hoje, ele acha a homossexualidade completamente aceitável.

Com as boas vendas do livro, ele diz que irá doar parte da renda que obteve para ajudar jovens LGBT sem-teto, que foram rejeitados por suas famílias.

Sua família diz estar feliz em saber que ele não é gay, mas Kurek mudou-se para Portland, Oregon, depois de terminar seu ano experimental e hoje tem novos amigos. No momento, dedica-se a trabalhar numa sequência de “A Cruz no armário”, onde deve contar como passou a viver depois de sua experiência, a transição de volta à vida heterossexual e como ele continua a se interagir com a comunidade LGBT.

“Eu quero contar mais histórias”, diz ele, “e humanizar as pessoas para quem os cristãos sempre querem olhar usando rótulos.”

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